Ontem eu li em uma postagem nas redes sociais uma carta de um índio norte americano para um homem de pele branca que queria lhe comprar as terras de sua tribo! Do que era a terra em que ele vivia para ele e para os seus em algo que se deduz que tirar as terras dele e da sua tribo significava lhes tirar a vida!
E me lembrei de algo que senti ao ir para as margens do Guaíba após muitos anos, meses atrás! De fechar os olhos e ouvir o murmúrio de suas águas, lento, contínuo e sentir a brisa que soprava em meu rosto e que soprava a minha alma , se chego a ter uma! Sim! Para mim também o murmúrio das águas do rio em que as margens um pouco vivi é a voz do pai do meu pai mas também da mãe da minha mãe e do pai e da mãe de todos os pais e de todas as mães! E senti também o cheiro do que o rio e a natureza deve ao homem, para aqueles que são os sadios e inteligentes, para todos, mas não apenas para aqueles que são os fracos e sem cérebro entre os homens! E penso e imagino, ser madrugada, estar na casa dos meus pais em um bairro de uma cidade mas ao mesmo tempo em um planeta que orbita uma estrela que faz parte de uma galáxia que completa uma volta em torno de si mesma, ou de seu centro, em um milhão de anos e de estar a 30 mil anos luz de seu centro, onde há um buraco negro, que presumo ser o cemitério da galáxia e no espaço infinito entre milhões de galáxias separadas uma das outras por distâncias gigantescas! E penso que talvez a espécie humana devesse repensar a vida em si, a forma em que se estrutura a vida em sociedade, em uma espécie de olímpiada de capacidades, onde apenas os mais aptos vivem ou sobrevivem, daquilo que buscam, do que chega a ter algum valor, ou do valor daquilo que torna possível a vida neste planeta, do valor daquilo que nos faz viver, de ter um sentimento de afeto por parte de alguém, do valor de ter saúde, vitalidade, vigor, vida dentro de si!